
O que me cala hoje a boca é teu silencio
É teu jeito de ler o que eu penso
Teu cabelo que desalinha o tempo
Tua mão frágil que muito lembro
Sussurrava em gestos para minha visão
Turva escurecida, perdida caída
É incrível como as linhas passam a te desenhar
Tudo isso acontecer no meu pensar
Mesclo cores e formas que sempre acabam em você
A fruta que mais gosto é cor que lhe cabe a meu ver
Paralelo é o tempo que fico cogitando expectativas
Pensando em nada do que não é meu e nem seu
Eu me lembro daquela Flor de Jambo cair
Deixando a terra mais Morena, tão pequena
Um sorriso me veio como o vento
Por trás de surpresa, que foi levando a tristeza
E a felicidade invade
E a silêncio se evade